sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Alteregus

Hoje em mim passa um estado de dor. Uma dor silenciosa que, com uma só mão, agarra todos os órgãos do meu tórax e puxa de uma só vez. É um estado contínuo. Uma melancolia sem nome nem dono aparente. O mal súbito choro dolorido por dentro do peito que o leito cheira a esquecimento. Meu tempo é sendo. O espaço, tempo que me cerca, aperta sem dó. Tremula a certeza da falta de fatos. Me pega essa dor. Aos poucos morro num quarto.

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