quarta-feira, 13 de junho de 2012

O homem, a lua e a flor...a(m)(d)or


hoje não quero ser seu homem
nem nome hoje eu quero ter
minha flor voou num tufão
de um vento que eu mesmo soprei

e a colorida flor chorando
caiu nas mãos de um jardineiro
moço nobre, fino trato
que repetalou a triste flor

dor de flor dura tão pouco
- a do homem é bem maior
(mas começa bem depois)

e mesmo sem a ver
o homem sente a-flor-ar
voando. E fica (um pouco)
perdido na imensidão do céu

e numa hora ou (e) outra
chorava. Via um longo negro
que nem estrela pont-ilhava

ai ele percebia
que a lua era ela passando amarela
e o sorriso blasé mostrava
a falta que a flor inda fazia

Daniel Aguiar

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