A vida, as pessoas, o caminhar, a ação e a reação, o despertar, a decisão, a cautela, os movimentos, o existir... Tudo inspira, suspira, e por fim, expira. Ou algo parecido.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
Alteregus
Hoje em mim passa um estado de dor. Uma dor silenciosa que, com uma só mão, agarra todos os órgãos do meu tórax e puxa de uma só vez. É um estado contínuo. Uma melancolia sem nome nem dono aparente. O mal súbito choro dolorido por dentro do peito que o leito cheira a esquecimento. Meu tempo é sendo. O espaço, tempo que me cerca, aperta sem dó. Tremula a certeza da falta de fatos. Me pega essa dor. Aos poucos morro num quarto.
O que eu vi quando enxerguei
As pupilas pularam
No laço feito no ar
Quando a íris se coloriu
Com a miragem da retina
Deu vontade de fazer poesia?
Daniel Aguiar.
No laço feito no ar
Quando a íris se coloriu
Com a miragem da retina
Desatino – até pensei
Mas o que posso fazer,
Se meu olhar ao te verDeu vontade de fazer poesia?
Daniel Aguiar.
Era um desejo
A velha amiga me visita
Chegou silenciosa
Como sempre chega
Como sempre fica
Como sempre
Silencia a vida
E ao redor nada importa
E a porta aberta
E a janela
E a varanda
E o desejo
É o desejo?
É a velha amiga?
Que voz é essa?
É tão alto!
É errado?
Uma vez eu fui
Mas era sonho
E eu quero sonhar de novo
É errado?
Chegou silenciosa
Como sempre chega
Como sempre fica
Como sempre
Silencia a vida
E ao redor nada importa
E a porta aberta
E a janela
E a varanda
E o desejo
É o desejo?
É a velha amiga?
Que voz é essa?
É tão alto!
É errado?
Uma vez eu fui
Mas era sonho
E eu quero sonhar de novo
É errado?
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