Zelo algum prestastes ao que nos havia restado
Laços das mãos desfeitos de repente
No croqui nos pintavam distantes
E logo doíam as pontadas do amor humilhado
Jurei o amor eterno e foram juras
Jurastes eterno amor e foram cruas
No abraço, beijo forte, arrocho, jaziam juras
O olhar, cada minuto, minhas poesias foram tuas
Mas restou o amor corrompido
E a lição que meu peito aprendeu
Não é o fim se tudo está ruindo
Julieta só abandonou o Romeu
É tempo de viver sorrindo
O canto da sereia inda lapido!
Daniel Aguiar.
A vida, as pessoas, o caminhar, a ação e a reação, o despertar, a decisão, a cautela, os movimentos, o existir... Tudo inspira, suspira, e por fim, expira. Ou algo parecido.
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Ver pra Ser
Que há de se do amor se a valente
Tortura vier lhe abraçar?
Saberá ser homem decente?
Vai de impropérios se armar?
Que há de ser da tortura se a bondade
Um desconcertante beijo lhe der?
Caberá a dor seguir sozinha, e
O martírio à caridade se render?
Que há de ser de mim se a terna
Solidão infeliz vir a deixar-me?
Caberei em teu coração?
Soará o sino – o alarme?
Que há de ser do amor noutro ninho
Noutro seio que leito há de ter?
- Vá viver, já estás crescidinho!
Pra saber enfim que há de ser.
Daniel Aguiar
Tortura vier lhe abraçar?
Saberá ser homem decente?
Vai de impropérios se armar?
Que há de ser da tortura se a bondade
Um desconcertante beijo lhe der?
Caberá a dor seguir sozinha, e
O martírio à caridade se render?
Que há de ser de mim se a terna
Solidão infeliz vir a deixar-me?
Caberei em teu coração?
Soará o sino – o alarme?
Que há de ser do amor noutro ninho
Noutro seio que leito há de ter?
- Vá viver, já estás crescidinho!
Pra saber enfim que há de ser.
Daniel Aguiar
terça-feira, 22 de março de 2011
Visão da Esfinge
Uníssono coro cantando
Os corpos bailando como um só
É festa, pois cai roaz opressor
Qual em oitenta e cinco,
Oitenta e nove. Qual um muro
Emergindo os escombros em pó
Outros, da dureza imanentes,
Qual Ló ao olhar para trás, estatizam
E vêem-se perversos num reino quimérico
Que ora posto está a ruir
E de longe, da Clássica, ecoa
A ansiada, a tenaz sinfonia
É a leve voz da liberdade
Avisando que trata a toda ligeireza
E traz com ela a amiga alegria
(11/02/2011)
Daniel Aguiar
Os corpos bailando como um só
É festa, pois cai roaz opressor
Qual em oitenta e cinco,
Oitenta e nove. Qual um muro
Emergindo os escombros em pó
Outros, da dureza imanentes,
Qual Ló ao olhar para trás, estatizam
E vêem-se perversos num reino quimérico
Que ora posto está a ruir
E de longe, da Clássica, ecoa
A ansiada, a tenaz sinfonia
É a leve voz da liberdade
Avisando que trata a toda ligeireza
E traz com ela a amiga alegria
(11/02/2011)
Daniel Aguiar
domingo, 13 de março de 2011
Impulso ao fluxo inexorável (ou A um próspero ano)
Amanhã será
Amanhecerá
Se abençoar co’a mãe e ser ar
Vá lá
Voar
Voilà
Daniel Aguiar.
Amanhecerá
Se abençoar co’a mãe e ser ar
Vá lá
Voar
Voilà
Daniel Aguiar.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Fatuidade Moral
Vaidade moral é pequenice da alma.
É coisa que o coração não precisa.
É remédio na dose errada.
Como uma “bolsa de valores”,
Que de valor não tem mais nada.
Daniel Aguiar.
É coisa que o coração não precisa.
É remédio na dose errada.
Como uma “bolsa de valores”,
Que de valor não tem mais nada.
Daniel Aguiar.
Noite de Verão (Sonhos de uma,)
Há uma festa lá no alto.
Há uma dança lá no alto,
[e eu vejo movimentos piscados,
Ritmados.
Há grande festa lá no alto
[e o tapete vermelho é azul.
Há linda festa lá no alto
[enquanto aqui me esfrio com o melhor da brisa.
Há uma festa lá no alto
[e eu não vou entrar
sem antes viver mais um pouco dessa linda noite de verão.
Daniel Aguiar.
Há uma dança lá no alto,
[e eu vejo movimentos piscados,
Ritmados.
Há grande festa lá no alto
[e o tapete vermelho é azul.
Há linda festa lá no alto
[enquanto aqui me esfrio com o melhor da brisa.
Há uma festa lá no alto
[e eu não vou entrar
sem antes viver mais um pouco dessa linda noite de verão.
Daniel Aguiar.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Face Oculta
Na terra onde as faces se ocultam nos sonhos,
Lugar em que sucesso é bicho cego – e sem bengalas,
Descreio ao pensar
Não acreditar em nada.
E, acabo creditando tudo.
Desfalecendo mudo.
Como se fosse traído.
Como se fosse traíado de smoking,
Onde o traje é esporte fino.
Daniel Aguiar
Lugar em que sucesso é bicho cego – e sem bengalas,
Descreio ao pensar
Não acreditar em nada.
E, acabo creditando tudo.
Desfalecendo mudo.
Como se fosse traído.
Como se fosse traíado de smoking,
Onde o traje é esporte fino.
Daniel Aguiar
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